A partir de pesquisas pioneiras
de grandes cientistas no campo da eletricidade, a grande barreira que separava
os povos foi rompida.
Antes apenas possíveis através
de tambores, cornetas e até de fumaça, a comunicação agora é possível, independente
das distâncias oceânicas as quais há pouco tempo eram intransponíveis, a não
ser por corajosos navegadores que desde tempos imemoriais espalhavam as
bandeiras de seus Reis pelo mundo afora.
Quem seriam estes estudiosos? e
ou inventores de tal prodígio que mudou a história do mundo?
A quais cientistas devemos a
gratidão eterna pela disposição em enfrentar o desconhecido, em arriscar a
própria vida para deixar-nos um legado que nos dias de hoje diante da
tecnologia de que dispomos, estão esquecidos nos livros empoeirados e na
memórias dos poucos que ainda lhes prestam homenagens.
Um dos pioneiros foi um Inglês,
James Clerk Maxwell, foi um físico e matemático britânico. Ele é mais conhecido por ter dado a sua
forma final à teoria moderna do eletromagnetismo, que une a eletricidade, o magnetismo e a
óptica. Esta é a teoria que surge das equações
de Maxwell, assim
chamadas em sua honra e porque ele foi o primeiro a escrevê-las juntando a lei de Ampère, por ele próprio modificada, a lei de Gauss, e a lei
da indução de Faraday.
Maxwell demonstrou que os campos eléctricos e magnéticos se propagam com a velocidade da luz. Ele apresentou uma teoria detalhada da
luz como um efeito electromagnético, isto é, que a luz corresponde à propagação
de ondas eléctricas e magnéticas, hipótese que tinha sido posta por Faraday. Demonstrou em 1864 que as forças elétricas e magnéticas têm a
mesma natureza: uma força elétrica em determinado referencial pode tornar-se
magnética se analisada noutro, e vice-versa. Ele também desenvolveu um trabalho
importante em mecânica
estatística, tendo
estudado a teoria
cinética dos gases e descoberto a chamada distribuição de Maxwell-Boltzmann. Maxwell é considerado por muitos o mais
importante físico do séc. XIX, o seu trabalho em electromagnetismo foi
a base da relatividade
restrita de
Einstein e o seu trabalho em teoria cinética de gases fundamental ao
desenvolvimento posterior da mecânica
quântica.
Um outro grande Cientista foi : Heinrich
Rudolf Hertz (Hamburgo, 22 de Fevereiro de 1857 — Bonn, 1 de Janeiro de 1894[1])
foi um físico alemão que demonstrou a existência da radiação electromagnética criando aparelhos emissores e
detectores de ondas de rádio.
Hertz pôs em evidência
em 1888 a existência das ondas eletromagnéticas imaginadas por James Maxwell em
1873.
Inventor do primeiro sistema prático de telegrafia sem fios (TSF), em 1896.
Marconi se baseou em estudos apresentados em 1897 por Nikola Tesla para
em 1899 realizar a primeira transmissão pelo canal da mancha. A teoria de que
as ondas
electromagnéticas poderiam
propagar-se no espaço, formulada por James Clerk Maxwell,
e comprovada pelas experiências de Heinrich Hertz, em 1888, foi utilizada por
Marconi entre 1894 e 1895.
Tinha apenas vinte anos, em 1894,
quando transformou o celeiro da casa onde morava em laboratório e estudou os
princípios elementares de uma transmissão radiotelegráfica, uma bateria para fornecer eletricidade, uma bobina de indução para aumentar a força, uma faísca
elétrica emitida entre duas bolas de metal gerando uma oscilação semelhante as
estudadas por Heinrich Hertz, um Coesor, como o inventado por Édouard Branly, situado a alguns metros de
distância, ao ser atingido pelas ondas, acionava uma bateria e fazia uma
campainha tocar.
Em 1896,
foi para a Inglaterra, depois de verificar que não havia
nenhum interesse por suas experiências na Itália. Em 1899,
teve sucesso na transmissão sem fios do código Morse através
do canal da Mancha. Dois anos mais tarde,
conseguiu que sinais radiotelegráficos (a letra S do código Morse) emitidos de
Inglaterra, fossem escutados claramente em St. Johns, no Labrador, atravessando o Atlântico Norte.
A partir daí, fez muitas descobertas básicas na técnica rádio.
Em 1909, 1,7 mil pessoas são salvas de um naufrágio graças
ao sistema de radiotelegrafia de Marconi. Em 1912 a companhia de marconi já produzia
aparelhos de rádio em larga escala, particularmente para navios. Em 1915,
durante e depois da primeira guerra
mundial assumiu várias
missões diplomáticas em nome da Itália, em 1919 foi o delegado italiano na Conferência
de paz de Paris.
Em sua infância, passava muito tempo viajando com a sua mãe
Annie, que adorava a região do porto de Livorno, na costa oeste da Itália, onde vivia sua irmã, dessas viagens a
Livorno, surge o amor de Marconi pelo mar. Em livorno estava instalada uma
academia da marinha real italiana, a Regia Marina, Marconi tinha o incentivo do pai
(Giusepe) para entrar na academia naval, mas não conseguiu, no entanto, seu
amor pelo mar o acompanhou durante toda vida. Em 1920
partiu para sua primeira viagem no "Elettra", um navio de 61m que
comprou e equipou para ser seu laboratório no estudo de ondas curtas e também
seu lar, além da família, as cabines do Elettra vivia cheias de visitantes
ilustres, entre eles os reis da Itália, da espanha e George V e
a Rainha Mary da
inglaterra, as festas no Elettra ficaram famosas pelas músicas transmitidas
pelo Rádio diretamente de Londres. A empresa de Marconi montou o novo Imperial
Wireless Scheme", destinado a montar estações de ondas curtas em todo
território britânico. Em 1929,
em reconhecimento por seu trabalho, recebeu do rei da Itália o título de marquês. em 12/10/1931 acendeu, apertando um botão em Roma,
as luzes do Cristo Redentor no Rio de Janeiro na noite de
inauguração da estátua].
Em Outubro de 1943,
a Suprema Corte dos EUA considerou ser falsa a
reclamação de Marconi que afirmava nunca ter lido as patentes de Nikola Tesla e
determinou que não havia nada no trabalho de Marconi que não tivesse sido
anteriormente descoberto por Tesla. Infelizmente, Tesla tinha morrido nove
meses antes[5].
No entanto, muito embora Marconi não tenha sido o inventor
de nenhum dispositivo em particular (ao usar a bobina de Ruhmkorff e um faiscador, como antes o haviam
feito De Forest e Tesla na
emissão, repetiria Hertz, gerando as ondas hertezianas (Experimento de Hertz com um "Ressoador de Hertz")
e usou o radiocondutor-detector Coesor de Branly na
recepção, acrescentando a antena de Popov a ambos os casos) parece ser possível
afirmar que Marconi é, na verdade, o inventor da rádio, (na forma da
Radiotelegrafia e Radiotelefonia, Telefonia sem fio) visto que ninguém, antes
dele, tivera a ideia de usar as ondas hertzianas com os objectivos de forma
prática ou rotineira, de comunicação (exceto Landell de Moura) o qual falaremos mais
adiante.
Lee de Forest o havia feito, mas apenas para testar
a sua válvula eletrônica.
Tendo seu valor reconhecido, Marconi foi agraciado em 1909,
recebendo juntamente com o alemão Karl Ferdinand Braun o Nobel de Física. Braun é o descobridor dos semicondutores, dentre eles o sulfeto de
chumbo natural, um mineral conhecido como galena, base do histórico rádio de galena.
Agora falemos um pouco de um brasileiro, do Rio Grande do
Sul, Sacerdote da Santa Igreja Católica a qual muitos julgam ser inimiga da ciência.
Roberto Landell de Moura foi um padre Católico, cientista e inventor brasileiro, considerado o
patrono dos radioamadores do Brasil e o Pai
Brasileiro do Rádio.
O trabalho
de Landell de Moura envolvendo experimentos com ondas eletromagnéticas foi pioneiro, tendo possivelmente sido
o primeiro a transmitir a voz humana por rádio com sucesso.
Landell de
Moura conseguiu patentear seus inventos tanto no Brasil como nos Estados Unidos da América. No Brasil,
obteve a Patente N° 3.279, em 9 de Março de 1901. Nos Estados Unidos,
recebeu, em 11 de Outubro de 1904, a patente de número
771.917, para seu "Transmissor de Ondas" e, em 22 de Novembro de 1904, as patentes de
número 775.337, para seu "Telefone sem Fio", e 775.846, para seu
"Telégrafo sem Fio".
Por
ocasião dos 150 anos de seu nascimento, celebrado em 21 de Janeiro de 2011, o Padre Landell de
Moura teve seu nome inscrito no Livro dos Heróis da Pátria, através da Lei
Nº 12.614, sancionada pela Presidência da República do Brasil em 27 de Abril de 2012.
Foi pioneiro na transmissão da voz, utilizando
equipamentos de rádio de sua construção patenteados no Brasil em 1901, e, posteriormente,
nos Estados Unidos em 1904. Landell transmitiu a
voz humana por meio de dois veículos; o primeiro, um transmissor de ondas que
utilizava um microfone eletromecânico, de sua invenção que
recolhia as ondas sonoras através de uma câmara de ressonância onde um diafragma metálico abria e fechava o circuito do
primário de uma bobina de Ruhmkorff, e induzia no
secundário dessa bobina uma alta tensão que era irradiada através de uma antena ou de duas esferas centelhadoras. A
detecção era feita por dispositivos que foram sendo melhorados ao longo do
tempo.
O segundo
meio utilizado pelo cientista era através do aparelho de telefone sem fio,
que utilizava a luz como uma onda portadora da informação
de áudio. Neste aparelho, as
variações das pressões acústicas da voz
do locutor eram transformadas em variações de intensidade de luz, de acordo com
a onda de voz que eram captadas em seu destino por uma superfície parabólica,
espelhada, em cujo foco havia um dispositivo cuja resistência ôhmica variava
segundo as variações da intensidade de luz. No circuito de detecção havia
apenas o dispositivo fotossensível, uma chave, um par de fones de ouvido e uma
bateria. Por utilizar a luz como meio de transporte de informação, Landell é
considerado um dos precursores das fibras ópticas.
O Padre
Landell realizou experiências a partir de 1892 e 1893, em Campinas e em São Paulo. O jornal O Estado de S.Paulo
noticiou que, em 1899, ele transmitiu a voz humana a partir do Colégio das
Irmãs de São José, hoje Colégio Santana, no alto do bairro de Santana, zona norte da capital paulista.
Também efetuou demonstrações públicas de seu invento no dia 3 de junho de 1900 sendo noticiada pelo Jornal do Commercio de 10 de junho de 1900:
"No domingo passado, no alto de Santana,
na cidade de São Paulo, o padre Landell de
Moura fez uma experiência particular com vários aparelhos de sua invenção. No
intuito de demonstrar algumas leis por ele descobertas no estudo da propagação
do som, da luz e da eletricidade através do espaço, as quais foram
coroadas de brilhante êxito. Assistiram a esta prova, entre outras pessoas,
Percy Charles Parmenter Lupton, representante do governo britânico, e sua
família".
Em 1903, Arthur
Dias, em seu livro "Brasil Actual", faz referência a Landell
de Moura, descrevendo, entre outras coisas, o seguinte:
"logo que chegou a S. Paulo, em 1893, começou
a fazer experiências preliminares, no intuito de conseguir o seu intento de
transmitir a voz humana a uma distância de 8, 10 ou 12
km, sem necessidade de fios metálicos".
Após alguns meses de penosos trabalhos, obteve
excelentes resultados com um dos aparelhos construídos. O telefone sem fios é
reputado a mais importante das descobertas do Padre Landell, e as diversas
experiências por ele realizadas na presença do vice-cônsul inglês de S. Paulo,
Sr. Percy Charles Parmenter Lupton, e de outras pessoas de elevada posição
social, foram tão brilhantes que o Dr. Rodrigues Botet, ao dar notícias desses
ensaios, disse não estar longe o momento da sagração do Padre Landell como autor
de descobertas maravilhosas".
Ai está, um pouco da história do rádio.
Muito mais se pode encontrar na internet,
dependendo do esforço e curiosidade de cada um.
Texto em negrito: http://pt.wikipedia.org
Por
PY2LSB - Ricardo
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